PROJECTO

XCTREVIM 25

XCTrevim 25

Este blog foi criado com o objectivo de dar a conhecer o projecto XCTrevim25 dando assim oportunidade para outras pessoas contribuírem para a sua concretização. A ideia surge na sequência de aproveitar o potencial do eixo Lousã-Miranda, criando um impulso inicial que torne possível erguer uma base logística mínima para sustentar a realização habitual de uma rota de XC pelos pilotos de voo livre que se deslocam à Lousã.
O projecto tem o esqueleto baseado no esquema organizativo de uma manga de competição porque teria sempre de seguir uma lógica organizacional e porque os objectivos também estão em grande parte ligados à formação/crescimento dos pilotos no âmbito do voo de distância.
Pese embora o acima mencionado é importante salientar que, na sua génese, o projecto não tem qualquer intuito competitivo, ou seja, presta-se à realização de um voo XC de curta distância, em moldes muito próximos daqueles usados numa manga de prova, mas sem que haja qualquer classificação individual. O que não invalida que tal possa acontecer num futuro a médio ou longo prazo.
Apesar de curto o percurso em causa é bastante interessante uma vez que pode ser tecnicamente mais variado e exigente do que parece numa primeira análise. Basicamente estamos a falar de uma rota que permite, na maior parte das vezes, realizar um termodinâmico com apoios muito constantes na montanha, onde se salientam 3 transições sem esse apoio e uma ponta final antes do turpoint para regresso onde a cota baixa dos apoios pode exigir mais trabalho em térmica. Conforme a meteorologia, o piloto poderá ter de jogar com muitas variáveis do dia: tecto, direcção e intensidade do vento, entrada de brisa marítima, rendimento de vento por camada conforme a perna de ida ou volta, etc, o que faz com que este pequeno cross seja bastante instrutivo e diferente em todas as ocasiões que se tenta realizá-lo.

OBJECTIVOS

O objectivo do projecto é proporcionar a todos os pilotos que já dominem com segurança o voo em ascendente térmica, mas especialmente aos menos experientes nos voos de cross, a possibilidade de realizarem este tipo de experiência com alguma regularidade dentro de um enquadramento logístico ligeiro mas que pode proporcionar, entre outras, o enriquecimento nas seguintes vertentes:

contacto inicial ou reforço das competências no voo de distância;
contacto inicial ou reforço das competências no voo em grupo;
contacto inicial com o voo de competição numa fase embrionária (conhecimento de regras básicas; funcionalidades dos aparelhos, etc ).

COMO CUMPRIR OS OBJECTIVOS

Para cumprir os objectivos propostos a ideia é realizar uma manga de ida e volta ao limite oeste/sudoeste do vale de Miranda do Corvo, manga essa que pode iniciar-se em qualquer uma das descolagens oficiais, com passagem por balizas, regresso depois de um turnpoint e chegada ao golo à aterragem oficial de Vilarinho. Ao nome do projecto, acresce o número 25 que corresponde aproximadamente ao número total de kms em linha recta entre a descolagem principal e o termo do vale, mais o respectivo regresso.

No espírito do projecto está subjacente a ideia de concretizar esta rota aproveitando as sinergias geradas pelo voo em grupo, onde se irão encontrar pilotos mais inexperientes e outros com mais horas de voo neste tipo de situação. O que se pede a estes últimos, e no fundo a todos os pilotos, é que se mantenham o mais possível a voar em grupo, não fazendo uso de alguma eventual vantagem relacionada com o material de voo utilizado, a não ser que a situação o exija em termos de segurança ou seja previamente estabelecido em briefing.

O objectivo da rota em si é elevar o mais possível a percentagem de pilotos que, dentro do grupo, consegue chegar ao golo pelo que, na eventual avaliação da Manga, 100% de pilotos no golo seria o objectivo final, independentemente de quem chega primeiro ou por último a golo.

LOGÍSTICA

A utilização das balizas

A utilização de balizas não tem como objectivo dificultar a realização da Manga, pelo contrário, insere-se na lógica de contacto com outras componentes técnicas sendo a sua colocação pensada para, de algum modo, facilitar a realização do percurso pelos pilotos menos experientes.

Logística

A logística será sempre uma forte condicionante à realização de voos XC, pois sem a prévia garantia de uma recolha minimamente organizada, uma boa parte dos pilotos sentir-se-ão inibidos a realizá-lo, mesmo tratando-se de uma ida e volta de curta envergadura, e creio que tem sido um dos maiores obstáculos a tornar esta "task(a)25" um voo clássico na Lousã.

Neste sentido e sublinhando que não há neste projecto qualquer fim lucrativo, faz-se aqui apelo a todos aqueles que podem conseguir ou ajudar a reunir os meios suficientes para transportar e recolher os pilotos envolvidos, apelo especialmente dirigido aos pilotos locais.

Não havendo nenhuma entidade (particular (individual ou colectiva) ou pública) que mostre interesse e consiga por si só fazer face a esta necessidade proponho, mais uma vez na lógica da utilização dos meios ao nosso dispor, tornando o dispositivo o mais ligeiro possível, um esquema de inscrições que tem como objectivo incentivar uma percentagem dos pilotos a participarem nesta tarefa. Pela minha parte tentarei disponibilizar duas viaturas que poderão assegurar a logística de um pequeno grupo de pilotos, sendo as quantias em causa utilizadas para fazer face às despesas, particularmente com combustível. Informação detalhada sobre as modalidades de inscrição será fornecida aos pilotos que demonstrarem interesse em participar no evento.

IMPORTANTE: a modalidade de recolhas em causa destina-se a ser posta em prática no caso de não haver por parte dos locais interesse por outra possibilidade de se garantir a logística face à exiguidade de meios. Resumindo, convida-se os pilotos a utilizarem o transporte que já existe e é colocado à disposição dos mesmos para as subidas à descolagem, pois a intenção aqui não é oferecer um transporte alternativo para a subida e realização de voo local, é abrir uma porta completamente diferente e que já podia ter sido entreaberta há bastante tempo...

A não ser no caso de grupos reduzidos as recolhas serão coordenadas por uma pessoa a fim de se poder fazer um aproveitamento minimamente racional dos meios ao nosso dispor.

Organização da Manga

1º Briefing

A manga será antecedida pela realização de dois briefings, sendo o primeiro de carácter formativo com o objectivo dos pilotos se prepararem o melhor possível para as contingências esperadas a nível de meteorologia, das condicionantes da aerologia local para o dia em causa, regulamentação básica de segurança, reconhecimento de potenciais zonas de aterragem, inserção de rotas nos aparelhos, etc. Haverá igualmente lugar ao esclarecimento de dúvidas que possam entretanto surgir. Este carácter formativo do briefing implica um maior dispêndio de tempo pelo que seria pertinente realizá-lo no final da manhã e, se tal for possível, em ambiente fechado a fim de poderem eventualmente ser utilizados recursos audiovisuais. Convida-se os pilotos mais experientes a participar e a dar o seu contributo em termos de conhecimento útil a todos os que puderem disso usufruir.

2º Briefing

Este assume o carácter normal (informativo) que antecede a realização da manga e será por norma realizado na descolagem. Caso seja possível e se mostre necessário, reunir-se-à um pequeno comité de pilotos ( até 03 elementos ) mais experientes na realização deste percurso xc para avaliar as condições do dia.

Qualquer um dos briefings tem carácter facultativo.

É importante dizer que não existe qualquer estrutura competitiva, ou não competitiva, montada para levar a cabo esta ideia e todos os voos são da responsabilidade individual de cada piloto que os realiza, devendo os mesmos pilotos assumir na íntegra toda a responsabilidade de eventuais acidentes, pois estamos a falar de voos de lazer onde se procura ajudar todos os envolvidos, independentemente da sua experiência, mas em que cada um individualmente deve decidir se possui as competências necessárias para a realização de voos autónomos. Uma vez no ar, e em última instância, todas as decisões são tomadas pelo piloto que deve estar plenamente consciente das consequências dos seus actos.

RECOLHAS

As recolhas são realizadas com recurso a todos os veículos disponíveis para a tarefa e, preferencialmente, coordenados por uma pessoa.

Os pilotos devem obrigatoriamente dispor de contactos rádio, telemóvel e usar um aparelho GPS ou similar;

A fim de facilitar a tarefa os pilotos devem preencher uma ficha de inscrição e fazê-la chegar na véspera da Manga a quem se encarregar de coordenar as recolhas, com vista a calcular se é possível realizar a manga com base nos veículos disponíveis para o efeito;

- Os pilotos aterrados, antes de completar a Manga, devem comunicar a sua posição por sms a quem coordenar/realizar as recolhas e dessa mensagem devem constar os seguintes dados:

- Nome constante da ficha de inscrição;

- Localização ( coordenadas GPS (decimais) );

- Local da aterragem ( caso saibam indicar um nome de localidade, rua ou outro dado útil );

- No caso de já terem sido recolhidos, informar com o sms "Autorecolha realizada".

Exemplo: Daniel Fonseca • 40.049869, -8.330406 • Favais

SUCESSO DE REALIZAÇÃO

Aferição do Sucesso na Manga

Esta avaliação poderá ser feita nos dias a seguir ao voo através do tratamento dos tracks realizados de onde se poderá perceber, entre outros dados, qual a percentagem de pilotos no golo. Pode-se então fazer a análise dos pontos positivos e menos positivos a fim de melhorar a perfomance do grupo para atingir com a maior frequência possível o objectivo de 100% de pilotos no golo.

Não Realização da Manga

Evidentemente que a meteorologia é soberana e a manga pode ser anulada no próprio dia, antes da subida ou no briefing que antecede a descolagem. A segurança dos pilotos é prioritária e a realização de manga em condições mais fortes será objecto de maior ponderação. No caso de alteração significativa das condições meteorológicas, que possa colocar em causa a segurança dos pilotos, a manga pode eventualmente ser interrompida durante o seu decurso.

Colaboração

Sendo este um projecto aberto, participativo e de inclusão é pertinente deixar aqui o apelo a todas as pessoas e entidades que possam colaborar na sua concretização, com particular relevo para a Escola de Parapente Centro do Montanha Clube, Junta de Freguesia de Lousã e Vilarinho, Câmara Municipal da Lousã, C.M. de Miranda do Corvo, e para todos os pilotos locais que podem trazer uma mais-valia ao projecto, designadamente aqueles que contribuíram decisivamente para se conseguir manter a estrutura mínima necessária ao voo livre no local. Àqueles que não puderem ou não quiserem colaborar pede-se tão simplesmente que não dificultem pois, afinal de contas, estamos apenas a falar de uma pequena ajuda aos pilotos que elegem a Lousã como local habitual de "peregrinação" aérea e que, qualquer que seja a modalidade do voo por eles ali realizado, apenas querem ir para casa com a revigorante sensação de fazerem parte de um universo único de pessoas em comunhão com a natureza, neste caso encimada pela bonita visão do Alto do Trevim.

Agradecimentos

(ordem alfabética): Ana Rita Filipe, Ernesto Ferreira, Fernando Faria, Gil Rito, Hugo Mendes, Ivone Monteiro, José Fonseca, Luís Andorinha e Nuno Beirão ( Design gráfico/Blog XC Trevim25 ).

BREVE RESENHA BIOGRÁFICA DO AUTOR

Fez o baptismo de voo em 1997. É piloto de parapente desde 2000, com mais de 2500 horas voadas em dezenas de locais e sete países diferentes. Possui o averbamento para voo em Bi-lugar da FPVL e é piloto de paramotor, tendo frequentado o curso de paraquedismo civil ministrado pelo Instrutor A. Roque Santos. Frequentou com aproveitamento a formação de Monitor de Voo Livre ministrada pela FPVL. Foi sócio dos: Clube de Voo Livre Vertical, Clube Nacional de Paramotor, Clube de Parapente Asa Livre e da FAEX-Federación Aeronáutica Extremeña sendo membro do Clube de Parapente de Basto. É ou já foi detentor da melhor distância nacional a partir das descolagens de: Mirandela, Caramulo, Alvôco da Serra, Bornes, Alvaiázere Oeste, Alvaiázere Leste, Monte Perdigão, Arganil, Lousã, Seia, Mação, Marão e Fonte Coberta (dados XC Portugal.org). Alcançou o 3º Lugar na Liga do Sameiro-Azinha (Manga de Distância) em 2006, o 2º lugar no desafio Back To Lousã 2015 e a 1ª posição na Liga XC Terras de Basto (Triângulo FAI) em 2016. Em 2018 alcançou a 1ª posição na Liga XC Terras de Basto e o 2º lugar na Liga XC Portugal, ambas as posições na categoria Triângulo FAI. Em 2020 alcançou a 1ª posição na Liga XC Terras de Basto na categoria Triângulo FAI. É o piloto português não profissional de parapente com maior número de horas de voo registadas na plataforma XC Portugal.org, apesar de só ter iniciado esse registo seis anos após a sua iniciação ao parapente, pelo que se arrisca a dizer que será o piloto português com mais horas voadas em parapente.

Por opção do autor o texto apresentado não cumpre o Acordo Ortográfico.

Ficha de Inscrição

Após confirmar que as previsões meteorológicas permitem a realização da manga, será anunciada a data de realização da mesma nas redes sociais, devendo os pilotos interessados enviar nessa altura a sua inscrição online. A manga só será realizada caso haja um mínimo de seis (6) pilotos inscritos.

Na caixa abaixo apresentada no espaço "Comentários" indique:

1- Identificação Live Track ( caso possua );

2- Interessado em assistir a briefing formativo - SIM ou NÃO

3- Inscrever a frase: XCTrevim25 - Inscrição

Exemplo de inscrição online: